segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Veja os principais acontecimentos que devem marcar 2011 no mundo

Novo ano marca os 10 anos do 11 de Setembro e da invasão do Afeganistão e os 20 anos do colapso da União Soviética entre outros fatos que marcaram a história:




JANEIRO

- 3 de janeiro: Novo Congresso, com maioria da oposição republicana na Câmara de Representantes, assume nos EUA. Presidente dos EUA, Barack Obama, completa dois anos no cargo em 20 de janeiro.

- 5 de janeiro: Novo Congresso venezuelano, em que o presidente Hugo Chávez não terá maioria qualificada, assume na Venezuela.

- 9 de janeiro: Sudão, o maior país do continente africano, realiza referendo sobre a independência da região sul. Votação foi estipulada por acordo de paz de 2005 para pôr fim a uma das piores guerras civis da África.

- 11 de janeiro: Criador do site WikiLeaks, Julian Assange, comparece perante à Justiça britânica para mais uma audiência em seu processo de extradição para a Suécia para responder por supostos crimes sexuais. Ele está em liberdade condicional em Londres desde 16 de dezembro.

- 12 de janeiro: 1 ano do terremoto de 7 graus do Haiti, que deixou entre 250 mil e 300 mil mortos e 1,5 milhão de desabrigados.

- 16 de janeiro: Segundo turno das eleições presidenciais do Haiti entre o tecnocrata governista Jude Celestin e a ex-primeira-dama Mirland.

- 17 de janeiro: 20 anos do início da Guerra do Golfo, conflito lançado por coalizão liderada pelos EUA após negativa do então presidente iraquiano, Saddam Hussein, de retirar as tropas que invadiram o Kuwait em 2 de agosto de 1990. Conflito, que termina em 28 de fevereiro, foi o primeiro a ser transmitido ao vivo pela televisão para o mundo.

- 21 de janeiro: 30 anos da libertação de 52 reféns americanos presos na Embaixada dos EUA em Teerã por mais de 14 meses (444 dias).

- 23 de janeiro: Eleições presidenciais em Portugal.

FEVEREIRO

- 27 de fevereiro: 1 ano do terremoto de 8,8 graus do Chile, que deixou quase 500 mortos e mais de 2 milhões de desabrigados

MARÇO

- Sem data definida: Pela primeira vez, países da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) devem compartilhar e tornar públicos seus gastos militares.

- 31 de março: Data estabelecida pelo presidente de Cuba, Raúl Castro, como prazo final para a demissão de mais de 500 mil funcionários estatais e para a abertura paralela de empregos privados em 178 atividades.

ABRIL

- 1º de abril: Cinco anos da prisão do ex-líder da Iugoslávia Slobodan Milosevic.

- 10 de abril: Eleições presidenciais e legislativas no Peru.

- Segunda metade de abril: Cuba realiza o Sexto Congresso do Partido Comunista. Evento, que não é realizado desde 1997, vai discutir os problemas econômicos da ilha. Também há especulações de que Fidel pode deixar o único cargo que ainda ocupa: o de presidente do Partido Comunista.

- 12 de abril: 50 anos desde que a União Soviética (URSS) conseguiu enviar o primeiro homem ao espaço, o que representou sua vitória sobre os EUA na corrida espacial. Yuri Gagarin se tornou um herói nacional. Em 5 de maio, o comandante Alan Shepard volta à Terra e é resgatado de sua cápsula da Mercury 3 no Atlântico após se tornar o primeiro americano no espaço. Vinte dias depois, presidente John F. Kennedy anuncia que EUA enviarão o primeiro homem à Lua. Em 6 de agosto, a URSS maravilha o mundo ao lançar em órbita, por um dia inteiro, o major Gherman Titov.

- 17 de abril: 40 anos da invasão da Baía dos Porcos. Com o apoio da Agência de Inteligência Americana, cerca de 1,5 mil exilados cubanos tentam atacar Cuba pela Baía dos Porcos para derrubar Fidel Castro, mas acabam derrotados pelas forças cubanas.

- 29 de abril: Príncipe William e Kate Middleton casam-se na Abadia de Westminster, Londres.

MAIO

- 5 de maio: Plebiscito sobre uma possível mudança do sistema eleitoral do Reino Unido.

- 13 de maio: 30 anos do ataque contra o papa João Paulo 2º. Pontífice foi atingido por quatro tiros disparados pelo turco Mehmet Ali Hagca.

JUNHO

- 25 de junho: Cinco anos do sequestro do soldado israelense Gilad Shalit. Ele foi capturado na Faixa de Gaza e é mantido como refém pelo Hamas.

- 22 de junho: 70 anos da invasão da União Soviética pelo ditador nazista alemão Adolf Hitler.

JULHO

- Sem data definida: Início da retirada americana do Afeganistão.

- 29 de julho: 30 anos do casamento do príncipe Charles e da princesa Diana.

SETEMBRO

- Sem data definida: Eleições presidenciais no Egito.

- 11 de setembro: 10 anos dos ataques terroristas do 11 de Setembro nos EUA, que deixaram quase 3 mil mortos em Nova York, Washington e Pensilvânia.


 Foto: Getty Images
Avião bate contra torre do World Trade Center em 11 de Setembro de 2001

- 22 a 25 de setembro: Papa Bento 16 faz sua primeira visita oficial como chefe de Estado à Alemanha, seu país natal. Pontífice visitará Berlim, Freiburg e Erfurt.

OUTUBRO

- Sem data definida: Eleições presidenciais na Argentina.

- 7 de outubro: 10 anos da Guerra do Afeganistão, lançada por coalizão liderada pelos EUA em retaliação aos ataques do 11 de Setembro. Milícia islâmica do Taleban, que dava abrigo à rede terrorista Al-Qaeda, entrega seu último reduto em Kandahar em 7 de dezembro.

- 13 de outubro: 1 ano do resgate de 33 mineiros da jazida de San José, no Chile.

NOVEMBRO

- Sem data definida: Eleições presidenciais na Nicarágua.

DEZEMBRO

- Sem data definida: Eleições parlamentares na Rússia.

- 8 de dezembro: 20 anos do colapso da União Soviética (URSS). Nessa data, líderes da Rússia, Ucrânia e Bielo-Rússia dissolvem oficialmente a URSS e a substituem pela Commonwealth of Independent States (CIS). Mikhail Gorbachev renunciou em 25 de dezembro de 1991.

- 11 de dezembro: 70 anos desde que Alemanha e Itália declaram guerra contra os EUA durante a 2ª Guerra Mundial.

- 31 de dezembro: Retirada definitiva de todos os soldados dos EUA do Iraque.


Fonte:  Portal IG

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Com quantos votos se elege um deputado - No Brasil, um candidato a deputado com pouco mais de 100 votos pode conseguir uma vaga na Câmara, enquanto outro com quase 100.000 corre o risco de não se eleger

“Os eleitores têm que ter em mente que o seu voto vai antes de tudo para o partido, e não para o candidato”

Nas eleições para a Presidência, os governos estaduais, as prefeituras e o Senado, um voto corresponde a um voto. Nas eleições para a Câmara dos Deputados e a Assembleia Legislativa, não é bem assim. O sistema proporcional adotado no Brasil faz com que um deputado federal por São Paulo, por exemplo, represente 432.000 habitantes, enquanto um colega eleito por Roraima representa 33.000 pessoas.

As distorções nas eleições proporcionais têm origem no chamado quociente (ou coeficiente) eleitoral e são agravadas pela existência de limites para as representações estaduais, que podem ser de no mínimo oito e de no máximo 70. O número foi imposto pela ditadura militar para inibir o crescimento da oposição, que tinha seus redutos nos estados mais populosos, como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Com o aumento da densidade demográfica esses estados são cada vez mais prejudicados.

O quociente eleitoral indica quais partidos terão direito a ocupar vagas no legislativo. É obtido a partir da divisão do total de votos válidos – excluindo nulos e em branco –, pelo número de cadeiras a serem preenchidas. São Paulo, por exemplo, tem direito à 70 vagas na Câmara. Caso todos os 30 milhões de eleitores do estado compareçam às urnas em 2010 (e não haja nenhum voto nulo ou em branco), o quociente será de 430 mil. Ou seja, a cada 430 mil votos o partido elege um deputado. Caso não atinja essa marca, não terá representantes.

Para saber quantas vagas caberão a cada legenda que atingiu o coeficiente eleitoral, calcula-se o quociente partidário. Para isso, divide-se o número de votos que o partido recebeu (soma dos votos de todos os seus candidatos, mais aqueles dados à legenda) pelo quociente eleitoral do estado. A partir do exemplo descrito acima, se um partido qualquer de São Paulo alcançar 900 mil votos, ele terá direito a duas vagas na Câmara. É por isso que, no Brasil, um candidato que recebe mais de 100.000 votos pode não se eleger, enquanto outro com menos de 100 consegue uma vaga.

Isso significa que a votação de cada candidato só é relevante na hora de determinar quais deles terão prioridade para ocupar as vagas conquistadas pela legenda. Mesmo assim, os eleitores brasileiros continuam votando em nomes. No segundo turno das eleições de 2006, por exemplo, o PSB teve 5.593.627 votos nominais e apenas 219.867 votos na legenda. No mesmo pleito, os candidatos tucanos receberam mais de 11 milhões de votos, enquanto menos de 2 milhões votaram na sigla. “Os eleitores têm que ter em mente que o seu voto vai antes de tudo para o partido, e não para o candidato”, ressalta Rogério Schimitt, Cientista político do Centro de Liderança Pública (CLP).

Isso não ocorre nas demais eleições do país, em que é utilizado o sistema majoritário relativo e absoluto. No primeiro, adotado para a seleção de senadores e prefeitos em cidades com menos de 200 mil eleitores, vence o candidato que tiver a maior votação. Já na escolha de presidente, governador e prefeito de municípios com mais de 200 mil eleitores, o candidato conquista a vaga quando recebe 50% dos votos válidos mais um. Isto é, mais do que a soma dos votos de todos os outros candidatos. Se isso não acontecer, os dois mais bem votados disputam o segundo turno.

Por:    Domitila Becker

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

DESABAFOS DE UM BOM MARIDO ( Luís Fernando Veríssimo)

Minha esposa e eu temos o segredo pra fazer um casamento durar: duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida, e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras, e eu às quintas.

                   Nós também dormimos em camas separadas. A dela é em Fortaleza e a minha em São Paulo.
                   Eu levo minha esposa a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta. Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento. "Em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então eu sugeri a cozinha.
                   Nós sempre andamos de mãos dadas. Se eu soltar, ela vai às compras. Ela tem um liquidificador elétrico, uma torradeira elétrica, e uma máquina de fazer pão elétrica. Então ela disse: "Nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar".. Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.
                   Lembrem-se, o casamento é a causa número um para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento.Eu me casei com a "Sra. Certa". Só não sabia que o primeiro nome dela era "Sempre".
                   Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la. Mas tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha. Ela perguntou: "O que tem na TV?" E eu disse "Poeira".
                   No começo Deus criou o mundo e descansou. Então, Ele criou o homem e descansou. Depois, criou a mulher. Desde então, nem Deus, nem o homem, nem Mundo tiveram mais descanso.
                   "Quando o nosso cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre me dando a entender que eu deveria consertá-lo. Mas eu sempre acabava tendo outra coisa para cuidar antes: o caminhão, o carro, a pesca, sempre alguma coisa mais importante para mim.
                   Finalmente ela pensou num jeito esperto de me convencer. Certo dia, ao chegar em casa, encontrei-a sentada na grama alta,  ocupada em podá-la com uma tesourinha de costura. Eu olhei em silêncio por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa. Em alguns minutos eu voltei com uma escova de dentes e lhe entreguei."
                   - Quando você terminar de cortar a grama," eu disse, "você pode também varrer a calçada."
                   Depois disso não me lembro de mais nada. Os médicos dizem que eu voltarei a andar, mas mancarei pelo resto da vida".

                   "O casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre certa e a outra é o marido..."

Autor:  Luís Fernando Veríssimo