Programa transforma computadores descartados em novas máquinas e prepara
jovens de favelas pacificadas do Rio para trabalhar na montagem e manutenção
E o que fazer com esse lixo, que causa grande impacto ambiental? Uma saída é
reciclar. No Rio, a Fábrica Verde, com unidades em favelas pacificadas,
transforma lixo eletrônico em inclusão digital, gerando renda e emprego.
Na Fábrica Verde (já no Alemão e na Rocinha e, a partir deste mês, no
Salgueiro), a cada três computadores doados pela população e por empresas, os
alunos (120 por trimestre) montam uma máquina. Geralmente, ela é enviada a
telecentros comunitários, igrejas, creches, ONGs e instituições sem fins
lucrativos. Durante o curso, os alunos recebem bolsa de R$ 120, e cada monitor,
R$ 600.
Ingrid Gerolimich, superintendente de Território e Cidadania da Secretaria
de Estado do Ambiente, diz que a Fábrica Verde é uma forma de preservar o
ambiente e fazer inclusão social: “Os elementos tóxicos do lixo eletrônico
poluem os lençóis freáticos, contaminando plantas, animais e humanos. Esses
equipamentos têm grande quantidade de plástico e vidro que demoram anos para se
decompor”.
“Ensinamos cidadania”
Desde a sua inauguração em 2011, a Fábrica Verde do Alemão produziu cerca de
900 computadores a partir de lixo eletrônico, informa Rosana Sales,
coordenadora da unidade.
E produzirá ainda mais. Hoje, o lixo eletrônico cresce três vezes mais que o
convencional, principalmente nos países emergentes. “Mais que aprender a montar
máquinas, os jovens aprendem educação ambiental, cidadania e empreendedorismo”,
comenta Rosana.
Equipamentos são doados
Além de computadores, a Fábrica Verde recebe televisores, teclados,
aparelhos de DVD e videocassete, rádios, celulares etc.
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