quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Brasil e a crise mundial - Dez razões para o otimismo


Avaliada pelos últimos indicadores de desempenho econômico e em vista de seu brilhante passado recente, a economia brasileira inspira preocupação. Milhares de profissionais valiosos perderam seu emprego nas indústrias mais dependentes do ambiente externo, como a Embraer, em que 4 200 demissões foram anunciadas – 20% de toda a força de trabalho da empresa. A inadimplência das famílias atingiu em janeiro o maior nível desde maio de 2002. A desaceleração do PIB é severa. Parece, portanto, não haver espaço para otimismo. Mas, como o otimismo tem de ser encontrado justamente nesses momentos mais duros, VEJA foi buscar razões que, realisticamente, nos permitissem afirmar que o Brasil vai escapar – mesmo que com escoriações – da surra que a economia mundial está levando nos cinco continentes. Logo no começo da encrenca, VEJA afirmou em uma Carta ao Leitor que o Brasil tinha chance de ser um dos últimos países a entrar na crise e poderia estar entre os primeiros a sair dela. É o que esta reportagem reafirma.

Seis meses depois da eclosão do turbilhão econômico que varreu Wall Street, com reflexos no mundo todo, a fase mais aguda da crise pode estar chegando ao "fim do começo" sem que os prognósticos mais funestos tenham se abatido sobre o Brasil. A economia brasileira já sofre, e sobre isso não há dúvida. Mas é consenso que o Brasil será um dos países menos afetados. Concordam com esse diagnóstico organizações como o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e a OCDE, a organização econômica dos países ricos. Com a ajuda de alguns dos melhores economistas do país, VEJA escolheu as dez principais razões de otimismo, resumidas e classificadas por sua solidez. A reportagem avança com um alerta sobre o calcanhar-de-aquiles da economia brasileira, o descontrole do gasto público de péssima qualidade, e se completa com uma coluna também otimista do economista Maílson da Nóbrega, com o sugestivo título "Por que o Brasil não quebra".

1 RESERVAS DE 200 BILHÕES DE DÓLARES INTOCADAS DEPOIS DE SEIS MESES DE CRISE

Passada a fase mais aguda da crise financeira internacional, as reservas brasileiras em moeda forte estão praticamente no mesmo volume. Permanecem no patamar de 200 bilhões de dólares. Pequena parte dos recursos foi usada até aqui, enquanto outros países torraram suas economias na tentativa de defender suas moedas – as reservas russas, por exemplo, já encolheram em quase 100 bilhões de dólares. "Ter acumulado esse colchão foi, certamente, um dos principais fatores de estabilidade", afirma o economista José Júlio Senna, ex-diretor do Banco Central e sócio da MCM Consultores. Graças a essas reservas, o setor público brasileiro liquidou o antigo drama da dívida externa, historicamente o grande calcanhar-de-aquiles do país em momentos de turbulência financeira. Basta lembrar que, nas crises de 1998 e 2002, o governo teve de recorrer a empréstimos emergenciais do Fundo Monetário Internacional (FMI) para restabelecer a confiança dos mercados e fechar as contas externas. Alexandre Schwartsman, economista-chefe do Santander e também ex-diretor do BC, diz que as reservas ainda trazem outro benefício essencial. Com elas, o país tornou-se credor em dólar. "Sendo credor, em vez de devedor, o país ganha com a desvalorização cambial ao ter sua dívida pública reduzida. Antes ocorria o contrário. Mais uma evidência forte de que, desta vez, o país não quebrará." Vale mencionar que o Banco Central também controla reservas internas de 186 bilhões de reais, correspondentes ao depósito compulsório retido dos bancos (esse valor era de 270 bilhões de reais antes da crise). Se houver uma nova fase de restrição ao crédito, como aconteceu de setembro a novembro de 2008, será possível usar ainda parte desse dinheiro para irrigar o sistema financeiro.

2 BANCOS COMPETENTES, REGULADOS, COM BAIXA EXPOSIÇÃO A RISCOS

O Tesouro americano anunciou na semana passada que vai tornar-se o maior acionista do Citigroup, com até 40% do capital do banco. Será uma forma de impedir o colapso da instituição, impensável até há pouco. É improvável que uma crise como a que assola o sistema financeiro dos Estados Unidos seja vista no Brasil. Os bancos americanos endividaram-se irresponsavelmente emprestando fortunas a quem não podia pagar. As instituições financeiras brasileiras (ao menos as maiores delas), ao contrário, possuem ativos saudáveis e são cautelosas. Essa prudência, fundamental na proteção do país contra a crise, resulta de traumas históricos e da ação exemplar do Banco Central (BC). Sobretudo na elaboração e na execução do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer), implantado entre 1995 e 2000. O Proer é hoje tido como um dos mais bem-sucedidos planos da história. "Esse programa de saneamento foi a face mais visível de um processo que mudou a regulação bancária brasileira. Desde então, o BC manteve a seriedade na fiscalização e na supervisão do sistema financeiro", diz o economista Gustavo Loyola, que presidiu o Banco Central naquele período. Por sua parte, os maiores bancos nacionais entronizaram a cautela como critério fundamental de gestão financeira. Exemplo disso: os cinco maiores bancos do país elevaram em 7 bilhões de reais as provisões adicionais para créditos duvidosos no último trimestre do ano passado. Já nos Estados Unidos, o nível de empréstimos concedidos pelos bancos continuou crescendo mesmo quando a inadimplência dava sinais de que poderia sair do controle. Bancos sólidos, num mundo em que o sistema financeiro derrete, representam um diferencial importante. Outro diferencial, não menos vital, é que os derivativos, instrumentos financeiros que saíram de controle em Wall Street, destruindo bancos de investimento centenários, no Brasil são liquidados em bolsa (na BM&F), o que assegura controle e ajustes adequados.
3 AUSÊNCIA DE BOLHAS DE CRÉDITO E IMOBILIÁRIA, COM POTENCIAL DE CRESCIMENTO REAL DESSES SETORES

A situação financeira das famílias e da maioria das empresas brasileiras permanece sob controle. Não houve aqui o mesmo processo de formação de bolhas de crédito que volatilizou a economia de países como a Islândia, a Irlanda, a Hungria, a Inglaterra e, sobretudo, os Estados Unidos. O Brasil nem chegou perto de experimentar um boom imobiliário. "O país acabou tendo a sorte de ter chegado atrasado à forte expansão do crédito internacional", diz Claudio Haddad, presidente da escola de negócios Ibmec em São Paulo. "A única bolha que tivemos foi a da Bovespa, já desinflada." O total de crédito disponível hoje na economia brasileira equivale a 40% do PIB, um volume muito inferior àquele observado em nações desenvolvidas e até mesmo em boa parte das emergentes. Nos Estados Unidos, país que gestou os maiores excessos financeiros da história, a relação crédito-PIB é o sêxtuplo da brasileira (veja o quadro ao lado). Para o economista José Júlio Senna, no entanto, essa atual "vantagem" da economia brasileira também decorre de mazelas estruturais. Diz Senna: "A baixa alavancagem de empresas e das famílias se deve em grande parte a deficiências de nosso sistema econômico. Exemplos: juros muito elevados, excesso de tributação de operações financeiras e direcionamento artificial do crédito para setores considerados prioritários". Para o economista Edmar Bacha, esses são alguns dos vícios que paradoxal e momentaneamente se transformaram em virtudes. "Em uma situação de normalidade, eles precisarão ser atacados com reformas". Bacha refere-se ao sistema bancário concentrado e com alta participação de letárgicos bancos públicos, às taxas de juros elevadas e aos compulsórios extravagantes".

4 MERCADO INTERNO FORTE, CRESCENDO EM PODER DE COMPRA E EM PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO

Com o declínio da pobreza, a chamada classe C (renda familiar entre 1.115 e 4.807 reais mensais) representa a maior parte da população brasileira e continua virtualmente imune à crise. É a nova classe dominante do país, formada por consumidores emergentes. O potencial de expansão é enorme. Ao lado da China e da Índia, o Brasil é um dos poucos países com parcelas significativas de sua população ainda não incorporadas ao mercado de consumo. Trata-se de um fator essencial na atração de investimentos. Segundo estudo coordenado por Marcelo Neri, da Fundação Getulio Vargas, o processo de diminuição da miséria prosseguiu em 2008, mesmo depois do agravamento da crise – ou seja, o mercado consumidor do país continuou a se expandir. Contribuem para isso a inflação sob controle e as políticas assistencialistas. "Se o pacote habitacional para a baixa renda sair do papel, a classe C sairá ganhando ainda mais", afirma André Torrettá, diretor da Ponte Estratégia, empresa especializada em marketing para classes baixas.

5 MATRIZ ENERGÉTICA MAIS "VERDE" DO MUNDO, COM INDEPENDÊNCIA DO PETRÓLEO IMPORTADO

Metade dos combustíveis utilizados pela economia brasileira é originária de fontes renováveis, como a energia hidráulica e o etanol de cana-de-açúcar. O Brasil conta ainda com enorme potencial hídrico a ser explorado na Região Norte. Essas fontes renováveis não poluem o meio ambiente, são mais baratas e compatíveis com uma economia moderna e sustentável. "O Brasil é um dos poucos países que combinam recursos hidráulicos, domínio da tecnologia da energia renovável e tem agora a benesse das megarreservas do pré-sal, que só dependem de uma atualização do marco regulatório para atrair a participação mais intensa do setor privado", afirma Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central e diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas. A descoberta das reservas de pré-sal, a 6 000 metros de profundidade, além de consolidar a autossuficiência do petróleo (que, a rigor, ainda não chegou), transforma o Brasil em exportador de petróleo.

6 ESTABILIDADE POLÍTICA, EM QUE A DEMOCRACIA FOI ENTRONIZADA COMO PATRIMÔNIO NACIONAL

A previsibilidade econômica de um país, alicerce primordial do desenvolvimento duradouro, começa pela previsibilidade política. Esses dois pilares distinguem fundamentalmente o Brasil de países-problema como a Venezuela de Hugo Chávez, que rasgou contratos e afugentou o capital externo. Diz Carlos Langoni, da FGV: "Há uma percepção, não apenas interna como do ponto de vista dos investidores internacionais, de que a democracia brasileira está consolidada. Esse será o grande legado do governo Lula. Independentemente de quem for eleito presidente, não haverá mudanças traumáticas na política econômica, e sim um processo gradual de modernização institucional e implementação de reformas básicas, entre elas a tributária, a previdenciária e a trabalhista". A rigor, as mudanças vieram antes de Lula e foram mantidas em seu governo. O Brasil de hoje é resultado de um processo ocorrido nos últimos quinze anos, em que se estabeleceram no país poderosas restrições culturais e institucionais ao populismo.

7 ESTABILIDADE ECONÔMICA E ARCABOUÇO REGULATÓRIO IMPERFEITO MAS PREVISÍVEL

Pode parecer banal receber de troco uma moeda de 10 centavos cunhada em 1994, o ano do lançamento do Plano Real. Mas isso é indicador da maturidade de um país que, entre 1986 e 1994, teve quatro moedas diferentes. Hoje o Brasil funciona seguindo as regras de um arcabouço que, mesmo imperfeito, é previsível. O país acaba de completar dez anos sob o mesmo regime de câmbio flutuante e metas de inflação. Esses instrumentos, aliados às metas de superávits primários, asseguram a previsibilidade da gestão econômica, requisito essencial à atração de investimentos produtivos – o fator que determina o potencial de crescimento de um país. "A evolução que o Brasil teve desde meados dos anos 80 e a corajosa decisão de Lula de manter a política econômica do governo anterior colocaram o país em posição privilegiada neste momento. Quanto mais tempo o Brasil passar sem retrocessos significativos na gestão da economia, menor será o risco de sofrermos um estrago", afirma Maílson da Nóbrega.

8 MAIOR EXPORTADOR DE ALIMENTOS DO MUNDO, O QUE GARANTE VENDAS EXTERNAS VOLUMOSAS EM QUALQUER CENÁRIO

Em tempos de crise, as famílias tendem a reduzir a compra de bens duráveis, mais dependentes de crédito, como carros e eletroeletrônicos. E aumentam – ou ao menos mantêm – o consumo de produtos básicos, como alimentos. Existe uma explicação simples para isso: as pessoas não vão deixar de comer. Portanto, ainda que se verifique uma redução nas cotações das mercadorias exportadas pelo país, a venda de comida (soja e carne, principalmente) trará neste ano pelo menos 50 bilhões de dólares em divisas para o país. O Brasil tem a maior fronteira agrícola do mundo – isso sem avançar um centímetro na Floresta Amazônica. São 355 milhões de hectares aráveis, dos quais apenas 20% são utilizados para plantações. Essas áreas equivalem a dez vezes o território da Alemanha ou 12% das terras que ainda podem ser ocupadas com a agricultura em todo o planeta. Um estudo do Ministério da Agricultura, divulgado na última sexta-feira, aposta em um "grande potencial de crescimento" do agronegócio nacional nos próximos anos. O entusiasmo do governo se justifica pela necessidade de reposição de estoques em um mundo que terá consumo crescente de produtos agrícolas.

9 MERCADO EXTERNO DIVERSIFICADO COM COMPRADORES EM TODO O MUNDO E MERCADORIAS DE VALOR AGREGADO CRESCENTE

As empresas exportadoras brasileiras vendem seus produtos para o mundo inteiro, o que as protege e ao país dos efeitos mais violentos de uma crise, como a atual, que se mostra mais intensa nos mercados americano e europeu. A título de comparação, cerca de 80% das exportações do México destinam-se aos Estados Unidos. Calcula-se que 20% do PIB mexicano dependa dos humores do vizinho do norte, hoje em recessão. Já o Brasil direciona apenas um sétimo de suas exportações ao mercado americano – o equivalente a 2% de seu PIB. A clientela dos produtos nacionais está relativamente bem distribuída, como ilustra o quadro ao lado. Uma ressalva necessária: a diversificação reduz os efeitos do contágio externo, mas, é claro, não impede que o país sofra os efeitos de um inverno nuclear no comércio externo. Diz a economista Eliana Cardoso, professora da FGV: "Temos uma pauta diversificada tanto em produtos quanto em compradores, e isso nos dá algum grau de flexibilidade. Contudo, isso não será suficiente para compensar as perdas com o recuo generalizado da demanda mundial".

10 AS MESMAS PROJEÇÕES QUE APONTAM ESTAGNAÇÃO NO MUNDO ESTIMAM CRESCIMENTO DO PIB DO BRASIL EM 2009

A economia brasileira cresceu em uma velocidade superior a 5% nos últimos dois anos, batendo a média mundial – algo que não ocorria havia mais de duas décadas. Em 2009, apesar da forte desaceleração, o país conseguirá ao menos se consolar com a proeza de, por mais um ano, avançar mais rápido que o mundo. Não é pouca coisa para um país que na década de 90 era o primeiro a ser cuspido para fora do vagão quando o trem mundial brecava de repente. A expectativa é que o Brasil cresça em torno de 1,5%, contra projeções de uma sombria estagnação, de 0,5%, na média mundial. Na semana passada, a vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, Pamela Cox, afirmou que o Brasil e o Chile serão os países que menos sentirão os efeitos da crise financeira na região. Nesse sentido, um relatório da OCDE (organização que congrega os países mais industrializados do mundo) indicou que a maioria das economias analisadas sofrerá uma "forte desaceleração" – a mais intensa desde a crise do petróleo, há três décadas –, mas o Brasil é o único em que, ao menos até o momento, a freada não mereceu a classificação de "forte".


Fonte:  Veja / Giuliano Guandalini, Benedito Sverberi e Cíntia Borsato

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Você sabia que...

O BIGODE dos bichos serve para que possam perceber o que há ao redor e a temperatura do lugar. Só os mamíferos têm bigodes. No caso dos felinos, seu comprimento é igual ou maior do que a largura do corpo. Assim, podem avaliar se conseguem atravessar um espaço apertado ou obstáculo. Auxilia a foca se guiar debaixo da água.

O CÃO E O GATO comem grama quando precisam ingerir fibra vegetal. Isso é normal, principalmente no caso dos bichinhos que se alimentam de ração. A fibra é importante para auxiliar a digestão, o funcionamento do intestino e a absorção dos nutrientes presentes nos alimentos, além de os ajudar a regurgitar (vomitar) quando sentem necessidade.

MUITOS BICHOS que vivem na neve são brancos porque se adaptaram ao longo dos tempos a esse ambiente para garantir a sobrevivência. Se tivessem pelagem escura, seriam facilmente vistos pelos animais de outras espécies, dificultando a fuga para escapar deles ou o ataque para caçá-los. Entre os que são assim estão urso-polar, coruja-das-neves, leopardo- das-neves, filhote de foca (nasce branco, depois escurece).

MENINA gosta de princesa e menino quer ser herói porque é natural durante a infância se identificar com os exemplos de adultos. Ela, em geral, se liga à mãe, que representa carinho, beleza e cuidados; ele quer ser igual ao pai, que parece ser forte. Isso é uma questão cultural, algo que vai sendo transmitido de uma geração à outra.

A MAIORIA dos peixes não tem pulmões, como os mamíferos. Para respirar, utiliza as brânquias, conhecidas por guelras. Esses órgãos, formados por delicadas camadas de membranas, retiram o oxigênio da água, que é absorvido pelo sangue e levado às células do corpo. Ao mesmo tempo, elimina o gás carbônico, como nós fazemos ao respirar.

A GIRAFA é pescoçuda para poder comer as folhas mais altas da árvore. Há milhares de anos existiam algumas de pescoço comprido e outras com pescoço curto. As pescoçudas evoluíram aos poucos, à medida que buscavam folhas em árvores cada vez mais altas. Depois de muito tempo, só as grandonas conseguiram sobreviver, por ter mais facilidade para conseguir comida que as menores.

O MÚSCULO mais forte do corpo humano é o masseter, que fica nas laterais da mandíbula. Sua tarefa é permitir o movimento de abrir e fechar a boca. Graças a ele, temos força para triturar os alimentos durante a mastigação com a ajuda dos dentes. Exercitamos-o diversas vezes ao dia, sempre que falamos e comemos.

TOMATE é fruto, assim como abobrinha, pimentão, pepino! Para a ciência, fruto é tudo o que nasce do ovário das plantas, a parte onde ficam as sementes. A confusão é porque, popularmente, chamam-se de frutas só os frutos docinhos, como manga, ameixa, melancia. Mas há frutos em que o sabor do açúcar não se destaca, como tomate, pimentão, quiabo; por isso, passaram a ser chamados de legumes.

OS DINOS começaram a sumir há 65 milhões de anos. Há várias teorias que explicam isso, mas nenhuma é comprovada. A mais aceita é a de que uma grande rocha vinda do céu (asteroide) caiu na Terra e levantou tanta poeira que impediu a luz solar de chegar à superfície. Com isso, a Terra esfriou muito e as plantas morreram. Os que se alimentavam de vegetais ficaram sem comida e entraram em extinção. Daí os bichos que se alimentavam deles também morreram. Outras catástrofes pioraram o ambiente.

DRAGÕES não existiram na vida real. Pelo menos nunca encontrou-se nada que comprovasse isso. Eles fazem parte das lendas criadas pelos povos há milhares de anos. Os chineses, por exemplo, começaram a acreditar na existência desses seres a partir da descoberta de fósseis de dinossauros e pterossauros (répteis que voavam). Imaginaram que as peças encontradas eram partes do corpo de monstros antigos. Daí criaram histórias sobre eles.

A GENTE consegue ficar três dias sem beber água, mas isso traz consequências. O organismo fica desidratado, as células do cérebro começam a morrer, perde-se a consciência e em pouco tempo todos os órgãos param de funcionar. É que o corpo humano é formado por grande quantidade de água, que é eliminada pela transpiração, respiração, xixi e cocô; por isso, é preciso repor. Ficar sem comer causa menos danos, podendo permanecer cinco dias em jejum, desde que tome água. Há registros de quem aguentou mais tempo do que isso.

A ORCA é chamada de assassina porque os esquimós ficavam impressionados com o jeito com que ela caçava focas e leões- marinhos; em grupo, pode atacar até uma grande baleia. Tem forte mandíbula, com 50 dentes, que podem triturar ossos de outros bichos com uma mordida. Por causa disso, produziram o filme Orca, A Baleia Assassina. Mas ela não é feroz. Em cativeiro, só ataca humanos se sentir ameaçada. E orca não é baleia! É da família Delphinidae, a mesma dos golfinhos.

É IMPOSSÍVEL saber quando e onde surgiram os primeiros instrumentos musicais. O homem começou a construí-los para imitar os sons da natureza, como o vento, o canto dos pássaros. Antes disso, já produzia som batendo mãos e pés. Na Idade da Pedra Lascada, surgiram os primeiros chocalhos e apitos feitos com materiais retirados da natureza. Ossos serviam como flautas; tambores eram feitos com bambu e pele de animais, sendo utilizados para comunicação à distância e em rituais religiosos. A partir daí, surgiram os instrumentos de cordas, como a harpa, feita com arcos de caça. Aos poucos, esses sons viraram música.

Fóssil vivo  Substitua os números por sua letra correspondente na sequência do alfabeto (1=A, 2=B...) para formar o nome de um peixe marinho que acreditava-se estar extinto há milhares de anos. Um exemplar dessa espécie foi encontrado em 1938, na África do Sul e depois descobriram outros. Sua aparência é incomum. Ele é azulado e as barbatanas mais parecem patas.

QUEBRAR ESPELHO não dá azar como muitos imaginam! É superstição muito antiga e há várias histórias para explicar isso, entre elas a que surgiu por causa do método de adivinhação catoptromacia, em que via-se o futuro em um recipiente com água. Se a vasilha quebrasse, a pessoa morreria ou teria muitos anos de azar. Outra explicação vem do fim do século 13, quando surgiram os primeiros espelhos de vidro na Itália. Na época, eram muito caros. Só os nobres os possuiam. Eles advertiam os empregados que se os quebrassem teriam muitos anos de azar.

AS AVES protegem os olhos da chuva por meio de uma película transparente que reveste o globo ocular, funcionando como para-brisa, para mantê-los sempre limpinhos. Essa membrana - chamada nictitante - ainda impede que, durante o voo, os olhos sejam atingidos por impurezas, como poeira. Também evita o ressecamento provocado pelo contato do vento, lubrificando-o. Outros bichos têm película protetora parecida, como sapo, rã, jacaré, largato, urso e foca.

A CORUJA é o símbolo de sabedoria porque os gregos consideravam a noite como o momento de refletir sobre a vida e sua existência, e essa ave, por ter hábitos noturnos, acabou representando a busca pelo saber. Por causa disso, a deusa Atena tinha uma coruja como mascote. Ao longo dos tempos, outros bichos foram usados para representar a sabedoria, como a tartaruga e o salmão.

O DINHEIRO usado no Brasil é fabricado pela Casa da Moeda.   Usa papel especial para imprimir as notas e impedir falsificação e discos de metal para cunhar os valores das moedas. Quem manda fazer isso é o Banco Central, que a coloca em circulação. Para isso, todos os anos, ele faz contas para saber quanto deve ser produzido no ano seguinte. Não pode fabricar quanto quiser; só o correspondente ao valor das riquezas que o País possui, acrescentando a previsão das novas riquezas que vai conquistar, além das que ficaram velhas e têm de ser substituídas.

A MATEMÁTICA não foi invenção de uma pessoa só, desenvolveu-se ao longo de milhares de anos, com a colaboração de muitos povos. Conforme a humanidade evoluía, sentia mais necessidade de encontrar formas de relacionar a quantidade de coisas. Assim, começou a criar uma linguagem para isso. Mesmo não sabendo contar, os humanos conhecem a diferença entre muito e pouco, grande e pequeno.

NÃO SE DEVE exercitar muito nem nadar depois das refeições porque, nessa hora, parte do sangue vai direto para o sistema digestivo ajudar a digerir a comida. Com isso, diminui o fluxo sanguíneo em outras partes do corpo, como pernas, braços e cérebro. Quando alguém pratica atividade física, o organismo envia mais sangue para os músculos que estão em movimento e diminui a quantidade que ajudaria na digestão. Isso pode provocar enjoo, vômito e mal-estar, já que a digestão fica mais lenta. Se estiver na água, por exemplo, pode desmaiar e até se afogar. O ideal é esperar duas horas.

A ARANHA mais venenosa não é única. Os acidentes mais graves e frequentes são provocados por cinco espécies: armadeira, aranha-marrom, viúva-negra e duas bem parecidas, Hadronyche e Atraxe, que os especialistas chamam de aranhas- teia-de-funil, que vivem na Austrália. Mesmo com fama de más, o veneno delas nem sempre mata. A vítima deve procurar socorro médico imediato e levar o bicho junto.

OS OSSOS formam o esqueleto que serve para manter o corpo em pé e permitir os movimentos. Sem eles, os órgãos não passariam de um amontoado de coisas. Cada um tem uma tarefa e serve para proteger cada um dos órgãos, como coração, pulmões, cérebro, como armadura. Os ossos também são responsáveis por produzir as células sanguíneas. Dentro deles passa a medula óssea, que fabrica o sangue. A gente já nasce com todos. O bebê tem cerca de 300 ossos moles, que vão se unindo e formando um só ao longo do tempo.  Quando cresce, o adulto tem pouco mais de  200, mas isso varia entre as pessoas.

OS TRÊS MOSQUETEIROS nunca existiram. Fazem parte do livro de mesmo nome, escrito pelo francês Alexandre Dumas, em 1844, com a história de quatro mosqueteiros e não três, como o título sugere. Na trama, D'' Artagnan vai a Paris para integrar a guarda e conhece Athos, Porthos e Aramis. Juntos, enfrentam grandes aventuras a serviço do rei da França, Luís XIII. Após lutar contra os inimigos do rei, D''Artagnan é o único que continua a proteger a família real. O livro é baseado em histórias reais, mas o autor cria fatos fantasiosos. Os personagens foram inspirados em soldados de verdade.

JÁ TEVE GENTE que pulou da  Torre Eiffel, na França, com 57 m de altura, equivalente a um prédio de 19 andares. Um dos casos mais famosos é o do austríaco Franz Reichelt, que desenvolveu um tipo de paraquedas e decidiu testá-lo em 1912, saltando do primeiro andar. Não funcionou e Franz morreu. Em 1987, o neozelandês Hackett pulou do alto da torre com os pés presos a um grande elástico, que o sustentava e o impedia de bater no chão, suspendendo-o. Daí deu certo. Essa foi a primeira exibição pública do bungee jumping. Em maio, o atleta Taig Khris saltou de patins próximo do primeiro andar até uma rampa de 25 m, caindo em queda livre de 12,5 m, sobre protetor de espuma.

OS JAPONESES e outros povos asiáticos, como chineses, tibetanos, coreanos e esquimós, têm olhos puxados por uma característica genética adquirida ao longo dos tempos. Os cientistas acreditam que o corpo precisou se adaptar ao ambiente muito frio de diferentes regiões da Ásia, onde seus antepassados viviam. O formato ovalado teria surgido há mais de 10 mil anos, pouco a pouco, para proteger melhor os olhos do frio e da luminosidade excessiva do sol refletida na neve. Isso não impede que eles enxerguem muito bem.

NÃO FAZ MAL comer meleca de nariz, mas esse hábito - que é considerado falta de educação - pode provocar ferimentos na mucosa ao cutucá-la. Apesar de nojenta, essa substância viscosa é importante para o organismo, que a produz naturalmente com a tarefa de funcionar como um filtro. Junto com os pelos do nariz, protege as vias respiratórias, impedindo que micro-organismos e poeira entrem nos pulmões.

PEIXE FAZ XIXI na água porque, como os  humanos, seus rins filtram o sangue e retiram dele as impurezas, produzindo a urina, como resultado desse processo. Os que vivem no mar fazem menos xixi, que é mais concentrado. Os do rio fazem muito mais; por isso é mais diluído e clarinho. Essa diferença é porque os que estão no rio precisam se livrar do excesso de água que entra no organismo pela boca e sai pelas guelras. Já os do mar precisam reter mais do que eliminam.

CÃES E GATOS podem ter filhotes de pais diferentes na mesma ninhada. Entre esses animais, o cio (época em que estão prontos para se reproduzir) dura cerca de uma semana, período em que a fêmea pode namorar vários machos. Para a cria se desenvolver dentro da mãe, é necessário que o espermatozoide (célula reprodutora masculina) encontre o óvulo (célula reprodutora feminina). Juntos formam o embrião, que se transforma no bebê durante a gestação. A fêmea produz vários óvulos e cada um pode ser fecundado por um espermatozoide. Se namorar vários machos, cada um dos óvulos pode receber espermatozoides de pais diferentes.

O MILHO vira pipoca porque o grão é formado por água e uma substância gelatinosa chamada amido. Para se transformar nessa delícia, o grão funciona como uma panela de pressão. Ao ser aquecido, a água que está dentro dele se transforma em vapor, que não consegue escapar por causa da casca da semente. A pressão é tão grande que acaba estourando essa casquinha. A pipoca, na verdade, é o amido do milho cozido, que absorve o vapor e aumenta de tamanho. Em contato com o ar, o amido endurece e vira pipoca.

O SONHO pode durar segundos ou mais de uma hora. Só ocorre na fase REM (sigla que significa Movimento Rápido dos Olhos, em português), uma das cinco etapas do sono. Não dura o mesmo tempo que a situação levaria na realidade. Para que seja lembrado, é preciso acordar logo após ou durante o sonho.

O SOLUÇO é o movimento involuntário do diafragma (músculo entre o tórax e o abdômen) que, durante a respiração, relaxa o pulmão para puxar o ar e o aperta para soltá-lo. Essa operação é controlada pelo nervo frênico, que quando irritado causa o soluço. Não se sabe por que ocorre. Pode ser por comer em exagero e muito rápido.

O BICHO terrestre com a maior boca é o hipopótamo, que come 80 kg de vegetais por dia. Tem quatro caninos grandões, que servem como arma de defesa; os demais dentes são achatados para mastigar. O macho adulto pesa até 4.000 kg.

A BARATA é considerada faxineira do planeta, porque come restos de animais e matéria orgânica em decomposição, além de servir de alimento para outros bichos. Há 4.000 espécies conhecidas. Das que vivem no Brasil só duas são perigosas: a barata de cozinha e a de esgoto. Podem transmitir doenças por meio dos micróbios que ficam nas suas patinhas.

O CAMALEÃO muda de cor para se adaptar a um ambiente ou situação. Sua pele é transparente, com uma cor básica que pode ser alterada por influência do local onde está ou até por seu humor. As células da pele têm a capacidade de absorver a luz refletida pelo ambiente e a temperatura para que ele fique com a cor do lugar. Assim, torna-se verde se vive na floresta ou acinzentado se está entre rochas. Isso também pode ocorrer quando está faminto ou enfrenta um inimigo.

SEGURAR O PUM não faz mal (volta para o intestino até escapar de novo), mas quem faz isso com frequência pode ter dor de barriga. É um gás resultante do ar ingerido com a comida ou enquanto falamos e da decomposição dos alimentos pelas bactérias que moram no intestino. Sai pelo ânus, acompanhado ou não por som. Dependendo da velocidade com que for expulso e da contração, é mais barulhento ou não. Todos soltam pum, entre 15 a 20 por dia. O nome correto dele é flatulência.

O LIXO ELETRÔNICO não pode ser jogado em qualquer lugar. Deve ser devolvido ao fabricante ou levado para centro de triagem, onde é separado por tipo de material para ser reaproveitado. Quando é descartado na rua ou em local não apropriado, pode causar problemas ao meio ambiente e à saúde, já que pilhas, baterias, computadores e outros materiais eletrônicos contêm substâncias tóxicas.

A ALERGIA pode ser provocada por vários fatores, como a influência do ambiente em que se vive, com a presença de poeira e bolor, por exemplo, e as condições meteorológicas, como tempo muito seco ou úmido demais. Alimentos, picadas de insetos e determinadas substâncias químicas também podem provocar reações alérgicas, como manchas no corpo, com muita coceira, inchaço nos lábios e pálpebras e falta de ar. Filhos de pais alérgicos têm mais chances de ser assim também.

A URNA ELETRÔNICA registra o número de votos de cada candidato em cada local onde é instalada. No fim da votação, a informação é transformada em código que só pode ser decifrado pelo computador do Tribunal Regional Eleitoral de cada Estado. Depois são enviadas para o sistema do Tribunal Superior Eleitoral, onde todos os resultados são somados.

A GIRAFA tem de abrir bem as duas pernas da frente e abaixar o pescoço, que mede 3 m, para beber água. Na savana africana, onde vive, costuma ingerir no fim da tarde, quando seu grupo se reúne perto dos lagos. Com medo dos predadores, costuma beber pouco. Se estiver bem alimentada, pode ficar de quatro a cinco dias sem água. Nos zoos, os recipientes com água ficam no alto para facilitar.

O DIA DAS CRIANÇAS foi criado no Brasil por Galdino Valle Filho, em 1924, sendo escolhido 12 de outubro. Só passou a fazer parte do calendário de festejos em 1980, quando a data virou feriado, em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do País.

CÃIBRA é a contração involuntária do músculo, que surge de repente e provoca dor intensa por segundos ou minutos. Atinge mais os atletas e quem faz muita atividade física, mas também quem é sedentário. Acredita-se que é provocada por falta de potássio e sódio no organismo, substâncias eliminadas pelo suor e xixi.

RATO come quase todo tipo de matéria orgânica, como restos de comida, lixo e até animais mortos, e não apenas queijo como no desenho animado. Originalmente, os roedores são predadores de grãos, como arroz e feijão; por isso, representam o pesadelo dos agricultores.

HALLOWEEN surgiu há mais de 2.000 anos, a partir da festa de Ano-Novo e fim do verão do povo celta. Começava no dia 31 de outubro e terminava em 2 de novembro, quando é celebrado o Dia de Finados. Acreditavam que nesses dias os espíritos voltavam para a Terra.

A TROMBA do elefante serve para respirar, pegar alimentos, cheirar, fazer carinho e sugar água. O bicho não bebe diretamente por ela; usa-a para chupar o líquido e depois jogá-lo na boca. Esse tubo flexível é o nariz prolongado unido ao lábio superior, formado por músculos. Mede 2 m, pesa cerca de 140 kg e não tem osso. A pontinha se movimenta como se fosse dedo.

O BICHO MAIS RÁPIDO dos oceanos é o agulhão-vela. Seu salto atinge 110 km/h. O formato do corpo (que lembra a vela de embarcação, com bico em forma de espada e nadadeira três vezes a altura do corpo) o deixa mais veloz. Suas escamas também são cobertas por uma substância que contribui para que nade mais rapidamente, reduzindo o atrito do corpo com a água. Mede cerca de 3 m e pesa, em média, 100 kg.

SALGADINHOS não devem ser consumidos com freqüência porque têm muita gordura, sal e conservantes. Em excesso, fazem mal. Em 100 gramas de alguns desses produtos é possível encontrar metade do sal que a gente pode ingerir em um dia.  Eles podem provocar muitas doenças, além de prejudicar o crescimento na infância; por isso, quanto menos comer, melhor.  É preciso lembrar que guloseimas nunca substituem uma refeição.

O COCÔ é formado por restos de comida que seguem longo caminho pelo organismo até chegar ao intestino. Mas antes disso, o que comemos passa por duas grandes transformações. Primeiro é triturado pelos dentes junto com a saliva e preparado para chegar ao estômago. Lá recebe outras substâncias para digerir gorduras e proteínas. Em seguida, o intestino absorve os nutrientes e o que não é aproveitado é eliminado pelo ânus.

MARTE é chamado de planeta vermelho por causa da presença de óxido de ferro na maior parte da sua superfície. É que essa substância, chamada popularmente de ferrugem, é avermelhada! Nos polos há manchas brancas por causa do dióxido de carbono em estado sólido, conhecido como gelo seco. Existem ainda áreas escuras cobertas por material vulcânio.
A UNHA serve para proteger a ponta do dedo dos efeitos provocados por tudo o que a gente faz com as mãos e a ação do tempo. Sem ela, as extremidades poderiam ser machucadas facilmente. É formada por várias camadas de uma substância chamada queratina. Todos já nascem com unhas e quando morrem elas não se decompõem. As das mãos crescem mais do que as dos pés porque esses dedos têm mais vasos sanguíneos e também são mais usados no dia a dia.

A RENA puxa o trenó do Papai- Noel porque vive em regiões próximas ao Polo Norte, onde ele mora. Há milhares de anos, foi domesticada pelos povos de lá, que alimentavam-se da carne e do leite e usavam a pele para se proteger do frio.

CÃO consegue subir em árvore, desde que seja treinado para isso. No entanto, isso pode causar problemas de saúde para alguns, já que força a musculatura. O que sobe em árvore costuma correr e pular para ter impulso e subir. Para escalar, precisa disso porque não tem unhas em forma de garras como os felinos. Raças menores como fox paulistinha, pinscher e poodle, por exemplo, são mais ágeis e gostam de saltar e fazer travessuras como essa. Mesmo grandão, o pit bull realiza bem a tarefa.

Fonte Diário do Grande ABC

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Foco na qualidade de vida: o que é educação financeira sustentável?

Qual é o objetivo da educação financeira? Ensinar como gastar dentro do orçamento, para que sobre dinheiro no final do mês e não sobre mês no final do salário. Além disso, ser educado financeiramente significa saber usar o dinheiro que sobra, pagando dívidas, investindo e formando um patrimônio.

No entanto, uma outra definição do termo vem aparecendo, focando, além da segurança financeira, a qualidade de vida: Educação Financeira Sustentável!

O que significa?
De acordo com Aron Belinky, secretário-executivo da Ecopress - agência de notícias ambientais -, o principal objetivo da educação financeira sustentável é proporcionar qualidade de vida, garantindo que tenhamos - hoje e no futuro - a segurança material e as condições para uma vida feliz, com realização pessoal e profissional.

"O objetivo é mudar o pensamento de acumular cada vez mais dinheiro para a idéia de viver cada vez melhor", afirma Belinky.

Para ele, a grande confusão está em ver o dinheiro como objetivo ao invés de vê-lo como instrumento. "O importante é que a pessoa priorize a satisfação ao consumo. Viver bem não significa comprar mais um celular ou outro carro, e sim aproveitar a vida", ensina.

Princípios da educação financeira sustentável
Segundo Belinky, o planejamento financeiro é essencial para garantir um futuro, ser previdente e evitar situações de riscos e carência. "No entanto, ter mais dinheiro não significa ser mais feliz ou ter mais qualidade de vida. O importante é planejar-se para ter o suficiente, sem consumir com exagero e desperdício".

O especialista enumera três princípios básicos para ser educado financeiramente e de uma forma sustentável:

    * Leve em conta a real satisfação que tem com cada coisa que faz com o dinheiro;

    * Respeite o tempo que você trabalhou para ganhar e avalie a necessidade de gastar;

    * Evite o desperdício e acúmulo desnecessário.

Na prática
Para Belinky, o pensamento sustentável deve ir além do discurso. Segundo ele, grande parte das pessoas ainda está um passo atrás nesta questão. "Eles perceberam o problema, mas ainda não tomaram atitudes para mudar".

Para garantir o futuro das próximas gerações, Aron Belinky explica que é necessário ensinar pelo exemplo. "Não adianta falar que é importante se não praticar".

Segundo ele, uma forma de exercitar o raciocínio sustentável é sempre pensar antes de comprar: "O que esse gasto vai produzir de bom?"

Se a conclusão for que a compra seria apenas um capricho, e não uma necessidade, por que não investir esse dinheiro de forma sustentável?

Ações de empresas responsáveis ou fundos de investimentos sustentáveis têm apresentado rentabilidade igual ou superior à média do mercado. "No entanto, é necessária uma visão de longo prazo, pois a tendência é de que esses investimentos tenham boa performance no futuro", finaliza.
 
Fonte:   InfoMoney /  Patricia Alves