sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Campanhas de email marketing bem sucedidas: foco em frequência e teste


O email marketing é uma das mídias que mais crescem no Brasil hoje. O canal vem ganhando um espaço enorme no processo de comunicação digital das empresas, por conta das facilidades de segmentação e mensuração. Vivemos uma fase de amadurecimento, onde o mercado começa a entender que não adianta fazer propaganda por email para milhões de internautas, sem avaliar o perfil do público que se quer atingir. A prática do spam só afasta o target. O email marketing tem potencial para ser lucrativo e eficiente, além das enormes vantagens, sendo uma delas o baixo custo, em relação a outras mídias, inclusive off line.

Esse canal permite um grande impacto em relação ao destinatário, desde que conte com um planejamento bem estruturado. Se seu público está precisando de determinado produto ou serviço e você o aborda alinhado aos seus interesses, as chances de fidelizar a marca aumentam de forma significativa. Sem contar as possibilidades de mensuração e o custo. Hoje o mercado já oferece plataformas com tecnologias robustas que permitem mapear, de forma minuciosa, os interesses do target e transformar estes números em negócios.

É importante trabalhar a inteligência da informação, qualificar o que é enviado e buscar datas importantes que se encaixem com o produto que se tem a oferecer. Se você tem um produto que pode ser oferecido no dia dos pais, por exemplo, é necessário que a estratégia da campanha seja pensada com certa antecedência. O planejamento em médio prazo permite a criação de uma boa arte para atrair o leitor, definir estratégias detalhadas de segmentação em sua base de dados, trabalhar em cima do assunto e fazer o envio com a antecedência necessária para que a procura do produto seja compatível com a época trabalhada.

As empresas hoje vêm amadurecendo e se aprimorando nas estratégias para as campanhas de email marketing. Empresas que até pouco tempo atrás não acreditavam que a ferramenta pudesse ser funcional, hoje apostam grande parte de seu orçamento e de sua comunicação no email marketing, trabalhando as informações obtidas em compras anteriores, comportamento do cliente nos envios e assuntos mais relevantes. Esse poder de mensuração permite o desenvolvimento de um conteúdo alinhado ao interesse de cada cliente individualmente e não mais de forma geral. Desta forma, a possibilidade de retorno é muito maior e eficaz e, além disso, o índice de rejeição é praticamente nulo.

No ambiente digital, tudo é muito novo e muda o tempo todo. É preciso descobrir as novidades e se atualizar continuamente. Essa mensuração que vai além da quantidade será muito disseminada, certamente, à medida que o email marketing ganhar ainda mais atenção pelas companhias.

As pessoas começaram agora a perceber o potencial e as possibilidades que uma campanha de email marketing oferece. Utilizam muito o fato de saber quem clicou para fazer campanhas casadas com mala direta ou telemarketing. Este vem sendo um dos principais fatores para a utilização de novas possibilidades de mensuração que o email marketing traz.
Para uma campanha de email marketing obter sucesso, muito pontos devem ser analisados, mas o principal é o público. A segmentação deve ser muito bem feita, estudada e a partir do momento que esse target for escolhido, existem as fases seguintes e não menos importantes. A arte deve estar dentro das boas práticas e ser bem criada para despertar a atenção de quem está recebendo. O campo assunto deve ser também bem estruturado, pois é o que atrai o destinatário para interagir com a sua campanha. Data e horário também são importantíssimos, afinal você precisa encontrar quem busca na hora mais provável em que  abre o email, gerando um impacto altamente positivo.

Email marketing é frequência e teste. Uma campanha pode até impactar, mas não trará o retorno desejado se não for estruturada de acordo com as reais expectativas da marca. É importante criar uma frequencia para fazer os envios, sem cansar a base e com assuntos que sejam relevantes a todos. E, para descobrir o que realmente agrada sua base de dados são necessários testes. Tudo deve ser testado, desde o remetente, assunto, peça, até, ressalto novamente, a data e horário de envio. Esses fatores podem ser fundamentais para o sucesso da campanha.

Com o código de autorregulamentação para a prática do email marketing – http://www.capem.org.br/ – , as pessoas passaram a ver o email marketing de forma diferente. O spam, infelizmente, jamais vai acabar, porém,  o código incentiva as empresas a trabalharem de forma correta, ganhando mais visibilidade e credibilidade quando enviarem suas campanhas. Isso impulsiona uma maior probabilidade de estreitar o relacionamento online com o público alvo, uma vez que quem recebe a ação, identifica a seriedade das empresas ao respeitarem um código que visa maior ética na comunicação digital.

Por Gabriela Terceiro (Analista de Marketing da ZipCode, empresa especializada em gestão de dados para o setor de marketing direto e crédito e cobrança)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A Arte do Planejamento Consciente


O começo do ano é sempre um momento carregado de significados, o qual representa, simbolicamente, novos começos, promessas, e o mais importante, novos planejamentos. É preciso saber que são estes planejamentos que guiarão nossas ações e decisões durante todo o ano, e a partir desta reflexão, podemos nos planejar com consciência e sabedoria.

O processo de criar os objetivos representa, essencialmente, um instrumento de crescimento pessoal e de desenvolvimento das próprias potencialidades, pois estimula olhar para si mesmo,  a atenção aos próprios desejos e sonhos, e representa uma espécie bússola que indica a direção. O ato de se planejar estimula o diálogo interior, e alguns questionamentos podem ser importantes ao se propor objetivos.

Analisar a situação de partida e possível evolução seria o primeiro passo para o planejamento consciente. Onde você se encontra atualmente? Quando sabemos o ponto de partida, ou seja, onde estamos, é a hora de dialogarmos interiormente, e definirmos onde queremos chegar, a definição dos objetivos. É sempre imprescindível que sejamos sinceros conosco sobre onde estamos, onde podemos, e onde queremos chegar, e também qual a nossa capacidade de caminhar.

Mesmo sabendo que os objetivos nos vários setores se influenciam mutuamente, classificar os objetivos por áreas pode ajudar a mente a trabalhar mais eficientemente. Podemos separá-los em categorias principais, para permitir individuar os aspectos de prioridade de cada setor, evidenciando valores, necessidades e interesses mais importantes, como objetivos profissionais, financeiros, pessoais, familiares, culturais, espirituais, etc.

Realidade percebida e objetivos definidos, é hora de formular estratégias de ação, execução e verificação do plano. Como atingir tais metas? O que é preciso fazer para que todo o planejamento se cumpra? Quando não há planejamento, pode acontecer de não ter uma organização do tempo adequada e não consolidar o compromisso com o resultado a ser atingido. Estamos também mais vulneráveis às variáveis e situações inesperadas que podem acontecer, pois não temos “planejado” ou pensado em alternativas de ação. Podemos também perder a direção no meio das muitas possibilidades a nossa disposição hoje em dia, e deixar que as circunstâncias externas comecem  a nos controlar.

É claro que algumas variáveis são imprevisíveis, e fogem do nosso controle, mesmo fazendo todos os planejamentos possíveis. Por essa razão, treinar a capacidade de antecipar as consequências, prever antes quais resultados as ações poderão ter, é fundamental. Algumas metas, porém,  podem se perder no decorrer do caminho, porque não são realmente importantes. Precisamos também saber fazer este tipo de avaliação.

Caso não tenha dado certo, mas se o objetivo continua importante para a pessoa, um passo importante deve ser dado: a correção ou redirecionamento. Muitas vezes precisamos redirecionar ou retomar o foco do objetivo, verificando se precisa de ajustes. Sempre podemos mudar ou redirecionar os objetivos, pois o poder criador está na pessoa, não no objetivo.

É importante lembrar que um planejamento consciente é baseado sim na visão de futuro do resultado, mas com muita atenção em viver a experiência do presente, sentindo e curtindo o valor da vivência e das ações feitas para chegar à meta.

Treinar a arte de estabelecer objetivos significa contribuir para a construção de uma auto-estima e autoconfiança mais sólidas, poder reconhecer e utilizar os próprios talentos e capacidades, e aprimorar as nossas potencialidades para poder cada vez mais amar quem somos e o que fazemos.

Por  Eduardo Shinyashiki  (palestrante, consultor organizacional, escritor e especialista em desenvolvimento das Competências de Liderança e Preparação de Equipes. Presidente da Sociedade Cre Ser Treinamentos. Colabora periodicamente com artigos para revistas e jornais)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Como Second Life e Habbo Hotel resistem às redes sociais

Apesar do sucesso de comunidades virtuais como a do Facebook, os mundos virtuais a 3D continuam a facturar. Saiba quem os visita e os seus segredos de sobrevivência na Internet.

Haverá espaço para os mundos virtuais da Second Life e Habbo Hotel numa altura em que as redes sociais como o Facebook dominam a Internet? Tudo indica que sim. O aumento do número de utilizadores bem como as receitas geradas por estas plataformas levam a crer que o negócio é viável e que a divulgação feita através de redes sociais - como o Facebook e o Twitter - são hoje uma mais-valia.

"Ironicamente, o auge da popularidade do Second Life (SL) foi justamente pela sua divulgação incessante nas diversas redes sociais a partir de 2006", explicou Gwyneth Llewely, directora de operações para a Europa da empresa portuguesa Beta Technologies, ao Diário Económico. No entanto, no agressivo mundo da tecnologia, é a novidade que conta. E é aí que Facebook ou Twitter têm ganho "pontos". No caso do SL, e apesar de parecer "esquecida" pelos media, este negócio já cresceu mais de 10 vezes, seja em número de utilizadores activos (registam-se dez mil por dia), seja no tamanho da sua economia virtual (estimada em 500 milhões de euros em 2009). "O Facebook atingiu 500 milhões de utilizadores, mas continua a não ser lucrativo", diz a mesma responsável. Até hoje, a especulação mediática permitiu que o Facebook conseguisse auto-financiar-se para se manter activo.

Mundos virtuais são rentáveis

Em 2006, criou-se uma ilusão de que os mundos virtuais em 3D iriam ser um produto "mainstream" para todas as idades e todos os tipos de utilizadores, e isso criou muita especulação mediática. Nessa altura surgiram muitas empresas que desapareceram sem deixar rasto. O mundo virtual da Google - Lively - desapareceu seis meses após ter sido lançado, por os custos não serem compatíveis com eventuais acréscimos de receitas vindos deste mundo. Ainda hoje o SL sobrevive e dá dinheiro, quer aos seus fundadores, quer às empresas como a Beta Technologies, companhia portuguesa que funciona mais como um estúdio audiovisual no mundo virtual. "Dependendo da carga de trabalho e da necessidade de cumprir prazos apertados, o número de pessoas aumenta. Já chegámos a ter cerca de 30 pessoas em simultâneo a trabalhar, embora, em média, sejam entre 10 e 12. Mas este número flutua imenso", descreve Gwyneth Llewely.

Além desta empresa portuguesa existem, pelo menos, mais cinco que trabalham para a SL. Além das empresas, também existem ‘free lancers' a trabalhar para estes mundos virtuais. Muitos deles obtêm receitas de 200 mil euros anuais, transaccionados única e exclusivamente dentro do Second Life.

Contudo, não é fácil criar um modelo de negócio duradouro que suporte um nicho de mercado de utilizadores muito especializados, e que tenha facilidade em atrair a atenção mediática. Mas a Linden Lab conseguiu fazer do SL um negócio de milhões. Por isso, é natural que surjam rumores de empresas interessadas em comprar este mundo virtual - e os últimos apontam para a Microsoft. "É altamente provável que a Linden Lab tenha tido várias ofertas - por exemplo da Microsoft, Google, Yahoo!, AOL, etc. -, que normalmente estão disponíveis para avaliarem o seu interesse em adquirir uma parte ou a totalidade de empresas com forte inovação tecnológica", salienta Gwyneth Llewely.

Outro dos bem sucedidos mundos virtuais é o Habbo Hotel. Em 2008, e segundo o ‘site' sobre negócios Silicon Alley Insider, o Habbo Hotel foi considerada uma das dez ‘start-ups' mais valiosas do mundo, com um valor acima de mil milhões de dólares (cerca e 718 milhões de euros). A Sulake, empresa detentora do Habbo, registou receitas de 29,8 milhões de euros, no primeiro semestre de 2010, um aumento de 20% em comparação a igual período do ano passado. Nesse período, o EBITDA aumentou 63%, para 3,5 milhões de euros. A maior fonte de rendimento para o Habbo vem da compra de moedas Habbo.

Quando os adolescentes pretendem personalizar os seus quartos, podem fazê-lo através da compra de ‘mobis' (mobílias virtuais)", explica Alisson Pedro, ‘country manager' da Habbo. Para adquirir estes ‘mobis' é necessário utilizar dinheiro real e, posteriormente, comprar moedas virtuais. A título de exemplo cada ‘Habbo moeda' custa cerca de 15 cêntimos. Outra boa parte da facturação do Habbo vem da publicidade que é feito no Hotel, através de ‘banners', mas sobretudo de publicidade interactiva, tais como a Sprite, Nokia, AXE, entre outros.


Second Life

Fundada em 1999, a empresa Linden Lab foi financiada por gigantes da indústria como Jeff Bezos da Amazon.com, Pierre Omidyar da eBay/PayPal, e Mitch Kapor da Mozilla Foundation (criadores do browser Firefox). O Second Life começou a ser lucrativo ao final do sétimo ano de vida da Linden Lab. Todos os financiadores já tiveram retorno do investimento ao final do primeiro ano lucrativo da Linden Lab, e o lucro anual é suficiente para continuar o investimento na tecnologia e na expansão da empresa. Os números divulgados apontam para 20 milhões de utilizadores (avatares) registados, dos quais cerca de 1,5 milhões são utilizadores activos. Actualmente estão listadas 378 empresas, entidades, e consultores independentes que desenvolvem projectos para a Second Life, mas a esta lista devem ser acrescentadas as cerca de 1.200 entidades de ensino e investigação. Portuguesas são cerca de sete empresas (a PT Inovação é uma delas) e também várias universidades.

Habbo Hotel

Em 2000, foi criada a primeira comunidade virtual da Sulake, "Hotel Kultakala", na Finlândia. No mesmo ano e após o sucesso do primeiro Habbo Hotel, é lançado o segundo no Reino Unido. Em 2001 foram criadas mais duas novas comunidades e em 2003 outras quatro. Actualmente o Hotel Habbo está presente em 31 países e mais de 11 milhões de pessoas criaram a sua personagem Habbo (178 milhões de personagens), batendo todos os recordes, sendo que todos os meses 9,5 milhões de cibernautas visitam o Habbo. A versão em português da comunidade abrange utilizadores brasileiros e portugueses desde Fevereiro de 2006 e tem mais de 28 milhões de personagens, com cerca de 800 mil novos utilizadores por mês e 19 milhões de visitas mensais.



Fonte:  Sara Piteira Mota/economico.sapo.pt